O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou na terça-feira (15/08) que o apagão de energia elétrica ocorrido pela manhã em todas as regiões do Brasil foi um evento extremamente raro e que o governo solicitou investigações detalhadas sobre suas causas. Além das apurações internas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foram acionadas para investigar o ocorrido.
O ministro ressaltou a importância de determinar se o apagão foi causado por fatores técnicos, falha humana ou dolo, dada a natureza sensível e estratégica do setor elétrico. O governo já identificou que houve sobrecarga em uma linha de transmissão no Ceará, o que provocou o colapso nas regiões Norte e Nordeste. Isso levou o ONS a modular a carga para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste como medida de proteção, resultando em interrupção de energia equivalente a 16 mil megawatts.
Silveira mencionou a possibilidade de outro evento simultâneo ter contribuído para a magnitude da interrupção, considerando a redundância do sistema elétrico do país. A previsão é que o ONS identifique as causas em 48 horas. O ministro enfatizou que a queda de energia não se relaciona com o suprimento ou segurança energética do Brasil, destacando a abundância de reservatórios e o fato de o país recentemente exportar energia para a Argentina.
A queda de energia afetou 25 estados e o Distrito Federal, atingindo cerca de 27 milhões de pessoas. Silveira também fez críticas à privatização da Eletrobras, que detém grande parte da geração e transmissão de energia no Brasil, expressando que setores como esse deveriam ter uma mão firme do Estado para garantir a estabilidade e segurança.
A queda de energia atingiu 25 estados e o Distrito Federal. O único estado que não foi afetado foi Roraima, que não é integrado ao Sistema Interligado Nacional. Cerca de 27 milhões de pessoas foram atingidas, o que representa um terço dos consumidores brasileiros.