Será a “voz amazônica”, diz diretor da OTCA, Cúpula em Belém

Amazonas

Está em andamento a contagem regressiva para um dos encontros mais emocionantes entre os líderes dos países conhecidos como Países Amazônicos: a iminente Cúpula do Amazonas, programada para ocorrer nos dias 8 e 9 de agosto, na cidade de Belém. O propósito fundamental dessa reunião reside na formulação de políticas e estratégias destinadas a promover um desenvolvimento sustentável na região amazônica.

Antecedendo este evento de destaque, está programado o Diálogos Amazônicos, um fórum preliminar que acontecerá entre os dias 4 e 6 de agosto. Este evento reunirá representantes de diversos setores, incluindo entidades, movimentos sociais, instituições acadêmicas, centros de pesquisa e órgãos governamentais do Brasil e de outras nações que comandaram a Amazônia. O objetivo central deste fórum é gerar sugestões construtivas tratadas para a manutenção das políticas públicas com foco na sustentabilidade da região.

O resultado das discussões travadas durante o Diálogos Amazônicos será apresentado posteriormente aos chefes de Estado durante o encontro maior, a Cúpula da Amazônia. Nessa reunião de alto nível, as propostas delineadas pelos diversos setores serão colocadas à mesa, com o intuito de orientar os líderes na formulação de diretrizes concretas para o futuro da Amazônia e suas perspectivas.

A preparação do encontro ficou a cargo da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), uma organização intergovernamental formada por Brasil, Bolívia Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, países que, com a assinatura do Tratado de Cooperação Amazônica, em 1978, formaram o único bloco socioambiental da América Latina.

Para o diretor Executivo da OTCA, Carlos Alfredo Lazary, um diplomata brasileiro aposentado que agora se apresenta como “funcionário internacional com oito patrões, para exercer papel subsidiário da Cúpula”, os dois eventos representarão “uma voz inclusiva amazônica a ser escutada por todos os outros países”.

“Imagino que o resultado, a partir da Cúpula, fortalecerá a dimensão regional, na narrativa de chefes de Estado, para outros eventos, como a COP28 nos Emirados Árabes [entre 30 de novembro e 12 de dezembro] e para as reuniões do G20 [grupo que reúne as principais economias do mundo]”, disse à Agência Brasil o diretor da OTCA.

Segundo ele, os países amazônicos estão cientes da necessidade de mostrar que conseguem trabalhar de forma conjunta para a apresentação de propostas que, posteriormente, poderão trazer muitos investimentos para a região, a partir dos projetos que, bem construídos, poderão despertar interesse internacional.

Lazary diz que há muito interesse por pesquisas sobre o Aquífero do Amazonas, que detém uma quantidade de água duas vezes e meia maior do que a dos rios de superfície da região. Ele lembra que, mesmo com essa abundância, a falta de água potável é um dos grandes problemas vividos pelas populações locais.

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